Teófilo Odorico Dias de Mesquita nasceu cm Caxias, a 8 de novembro de 1854, e faleceu em São Paulo, a 29 de março de 1889. Dois de seus nomes denunciam-lhe a estirpe de nobreza na república das letras, aliás, soube fazer-se honrosamente digno: pelo lado paterno (Dr. Odorico Antônio Mesquita) ligava-se ao Vergílio Brasileiro e pelo materno (Joana Angélica Dias de Mesquita) ao cantor de “Os Timbiras”. Por sua vez, ele viria a ser, pela ordem o primeiro dentre os grandes parnasianos da literatura pátria. Integrante daquele segundo ciclo das letras maranhenses, em que os filhos da terra a abandonam cedo e vão fazer-se essencialmente “literatos nacionais” em plagas sulinas, aos vinte anos, após fracassar na vida comercial em Belém, passa-se à Corte, acabando por fixar-se em São Paulo, em cuja Faculdade de Direito colaria o grau de bacharel. Além de poeta, e como tal tinha em elevado apreço sua descendência colateral com Gonçalves Dias, foí orador, jornalista e professor. Patrono nas Academia Brasileira de Letras (Cadeira nº 36 dos sócios efetivos, fundada pelo Conde de Afonso Celso), Paulista de Letras (Cadeira nº 33, por Altino Arantes), e Maranhense de Letras (Cadeira nº 19, por Maranhão Sobrinho).

1. “Flores e Amôres” – Caxias, 1874.
2. “Lira dos Verdes Anos”, editor Evarísto Rodrigues da Costa – Rio de Janeiro, 1878.
3. “Cantos Tropicais”, editor Agostinho Gonçalves Guimarães – Rio de Janeiro, 1878.
4. “Fanfarras”, editor Dolivai Nunes – São Paulo, 1882.
5. “Prefácio” às “Contemporâneas” de Augusto de Lima. Típ. G. Leuzinger & Filhos – Rio de Janeiro, 1887.
6. “A Comédia dos Deuses”, editores Teixeira & Irmão – São Paulo. 1887.