João Francisco Lisboa, nascido a 22 de março de 1812, em Pirapemas, e falecido a 26 de abril de 1863, em Lisboa, foi uma das mais destacadas figuras da intelectualidade maranhense e, ao seu tempo, dos mais profundos conhecedores da língua portuguesa, figurando entre os maiores vultos das letras pátrias. Político, advogado, orador, historiador, escritor e jornalista, exerceu a deputação provincial em mais de uma legislatura e ocupou a Secretaria do Governo do Maranhão, em 1836. Redigiu, com raro brilhantismo, “O Brasileiro”, “O Farol Maranhense” (após a morte de José Cândido), “O Eco do Norte”, a “Crônica Maranhense”, o “Publicador Maranhense” a ‘”Revista”, o “Correio Mercantil” e o “Jornal do Comércio”. De 1852 a 1854 editou o “Jornal de Timon”, em fascículos, publicação que projetou o seu nome além do âmbito provinciano, pela “crítica severa, porém cordial”, nela exercida sobre os usos e costumes da terra berço. Sucedeu a Gonçalves Dias na missão de coletar elementos, nos arquivos de Portugal, para a História do Brasil. Comendador da Ordem da Rosa, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, sócio correspondente da Real Academia das Ciências, de Lisboa, é o patrono da Cadeira nº 18, dos sócios efetivos da Academia Brasileira de Letras, criada por José Veríssimo, da Cadeira nº 11, da Academia Maranhense de Letras, fundada por José Ribeiro do Amaral, e da Cadeira nº 18 do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, criada por Wilson Soares.

1. “Jornal de Timon”, São Luís, 1852/54.
2. “Apontamentos, notícias e observações para servirem à História do Maranhão” – Lisboa, 1858.
3. “Biografia de Manuel Odorico Mendes”, in “Revista Contemporânea” de Portugal e Brasil, 1862.
4. “Obras Completas” edição póstuma, dirigida por Henriques Leal e incluindo a “Vida do Padre Antonio Vieira”, descoberta, inacabada, entre os seus papéis, e até então inédita, Lisboa, 1864/65.