Professor, jornalista, magistrado, poeta, Inácio Xavier de Carvalho nasceu em São Luís no dia 26 de agosto de 1871. Integrou, juntamente com Antonio Lobo e Fran Paxeco, entre outros, a Oficina dos Novos, movimento de renovação literária empreendido por um grupo de escritores maranhenses no início do século XX.

Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de Recife (1893), retornou para o Maranhão, onde exerceu cargos como o de promotor público, juiz municipal e professor de literatura no Liceu Maranhense. Colaborador assíduo dos jornais de sua época, deixou escritos dispersos no Pará, Amazonas e Maranhão, tendo publicado pouca coisa em livro.

Cultor do soneto e detentor de grande domínio técnico, Inácio Xavier de Carvalho foi um poeta suave, impregnado pelo verso simbolista, contido, mas também parnasiano em muitas passagens. Na verdade, ele foi, antes de tudo, um artista perfeitamente integrado à corrente poética de seu tempo, marcada pela difícil convivência entre o parnasianismo e o simbolismo.

Político por vocação e gosto, Inácio Xavier de Carvalho viajou por Minas Gerais, Amazonas e Pará no exercício da magistratura, cedo perdendo contato com o Maranhão.

1. “Frutos Selvagens”, São Luís, 1893.
2. “Missas Negras”, Manaus, Livraria Universal, 1902.
3. “Parábolas e Para bolas”, Belém, Tip. do Instituto Lauro Sodré, 1919.