Lucy de Jesus Teixeira nasceu em Caxias/MA, a 11 de julho de 1922 e faleceu em São Luís no dia 7 de julho de 2007. Formou-se em Direito na Universidade de Minas Gerais, onde teve brilhante atuação literária, participando, ao lado de figuras como Otto Lara Resende, Murilo Rubião, Paulo Mendes Campos e Fernando Sabino, da vida intelectual, período em que escreveu bastante, publicou em jornais e arrebatou muitos prêmios em concursos literários de âmbito nacional.

Advogada, jornalista, cronista e crítica, volta a São Luís nos meados da década de 40 e assume o cargo de secretária do Tribunal de Justiça do Maranhão. Paralelamente às funções burocráticas, desenvolveu intensa atividade cultural, animando iniciativas no campo da literatura e das artes plásticas. As artes plásticas era outra de suas paixões. Dizia que pintava apenas para os amigos, mas expôs em Monte Carlo-Mônaco e foi sucesso de crítica e público. Maria Karla foi o pseudônimo que usou durante muitos anos para escrever no jornal O Imparcial.

Ao lado do poeta Ferreira Gullar, organizou, em São Luís, o Congresso Súbito de Poesia, de que resultou a fundação do Movimento Antiquentismo, de repúdio ao sentimento fácil em poesia. Era exigente. Transferiu-se para o Rio de Janeiro em 1949 e lá passa a colaborar em vários suplementos literários e participar de muitos concursos literários, conquistando, neles, numerosos prêmios. Residiu por vários anos em Roma, vindo, pelo menos, uma vez por ano matar as saudades do Maranhão. Dizia que aqui era sua mais fecunda fonte de inspiração.

A Europa teve fundamental importância em seu refinamento cultural. Lá esteve como bolsista do governo italiano, depois exercendo funções diplomáticas do Governo brasileiro. Foi Adida Cultural na Bélgica, na Espanha e na Itália. Aposentou-se do Ministério das Relações Exteriores em 1990.

1. “Elegia Fundamental” poesia, Atelier de Arte. Rio de Janeiro, 1962.
2. “Primeiro palimpsesto” poesia, SIOGE. São Luís, 1978.
3. “Quem beija o leão?” teatro.

Deixou volumosa produção de prosa e poesia mantida inédita.