Cândido Pereira de Sousa Bispo nasceu no lugar São Benedito, no Baixão da Colônia, Município de Grajaú, a 03 de outubro de 1896 e faleceu em São Luís, a 15 de julho de 1950. Filho de lavradores sem recursos, e pobre ele mesmo, mas espírito irrequieto e prenhe de força de vontade, Sousa Bispo, que foi açougueiro, taverneiro, boiadeiro, que estudou humanidades sem preceptores, alcançou formar-se em direito, fez-se professor e jornalista e acabou, por seus méritos intelectuais a pertencer às mais destacadas instituições culturais do Estado: Consultor- técnico do Diretório Regional de Geografia do Maranhão, membro do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão e sócio efetivo da Academia Maranhense de Letras, em que fundou a Cadeira (nº 27) patrocinada por Dias Carneiro. É, sem dúvida, entre nós, um dos mais característicos exemplos do selj-made-man; e amostra impressionante do espírito forte que o animava é a sua aventurosa caminhada, de mais de oitocentas léguas a pé, desde o Rio de Janeiro a São Luís, de novembro de 1922 a julho de 1923.

1. “Independência”, episódio cívico em 1 ato em verso – São Luís, 1921.
2. “Espinhos de Mandacaru”, crônicas. Tip. M. Silva – São Luís, 1925.
3. “Alea jacta est”, mensagem espírita – São Luís, 1927.
4. “Notas e Pareceres”. Of. Gráfica Tribuna – São Luís, 1935.
5. “O Dia da Justiça”, discurso – São Luís, 1944.
6. “Batendo à Porta do Templo”. Gráfica Maranhense Ltda. – São Luís, 1947.
7. “A estrutura geológica do Maranhão e a existência do petróleo”. Editora Aurora – Rio de Janeiro, 1949.
8. “Mensagens de Civismo”. Gráfica Leite – São Luís, s/d.

Deixou inéditos: “Pedaços de Minha Terra”; “Na Rota dos Bandeirantes”; “O Sol das Almas”; “Cartas de Jeca”; “Campesinas”; “Casos Jurídicos”; “Pelo Ministério Público” e “Dicionário Corográfico de Coroatá”.