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Perfil do Fundador
Josué de Souza Montello
- Cadeira:
- 31
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Naturalidade:
- São Luis, MA
- Data de Nascimento:
- 21 de agosto de 1917
- Data de Falecimento:
- 15 de março de 2006
Nasceu em São Luís, a 21 de agosto de 1917 e faleceu no Rio de Janeiro em 15 de março de 2006. Era filho de Antônio Bernardo Montello e Mância de Sousa Montello. Fez em São Luís seus estudos de 1º e 2ºgraus, colaborou em diversos jornais, a exemplo de A Tribuna, Folha do Povo e O Imparcial. Ainda estudante do Liceu Maranhense, dirigiu A Mocidade, órgão do corpo discente daquele tradicional estabelecimento de ensino. Integrou, em 1932, o Cenáculo Graça Aranha. Em 1936 transferiu- se para Belém-PA, onde fez sua estreia em livro, com História dos homens de nossa História, de parceria com Nélio Reis. No fim desse ano, mudou-se para o Rio de Janeiro. Ali participou da redação de inúmeros jornais e revistas, tornou-se técnico do MEC e publicou, em 1941, o primeiro romance: Janelas fechadas.
Romancista, novelista, contista, teatrólogo, historiador, cronista, ensaísta, biógrafo, conferencista, professor. Foi Adido Cultural do Brasil em Lima, Lisboa, Madri e Paris. Diretor da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, do Serviço Nacional de Teatro, do Museu Histórico Nacional e Subchefe da Casa Civil do Presidente da República; fundador e primeiro diretor do Museu da República; membro e primeiro presidente do Conselho Federal de Cultura; membro dos Conselhos Federal de Educação, Social Rural, de Desenvolvimento do Nordeste, Estadual de Cultura do Maranhão; Reitor da Universidade Federal do Maranhão; Embaixador do Brasil junto à UNESCO, em Paris.
Recebeu as seguintes comendas e condecorações: da Ordem do Sol (Peru); da Ordem do Infante Dom Henrique (Portugal); da Legião de Honra da França; da Ordem do Mérito Naval; Medalha do Sesquicentenário do Arquivo do Exército; Medalha Anchieta; Medalha Marechal Hermes; do Mérito Timbira, do Estado do Maranhão; Medalha Sousândrade do Mérito Universitário, da Universidade Federal do Maranhão. Catedrático Honorário da Universidade Nacional Mayor de San Marcos, do Peru, e Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Maranhão.
Pertenceu, entre outras instituições culturais, á Academia Brasileira de Letras, ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, à Academia Internacional de Cultura Portuguesa, á Sociedade de Geografia de Lisboa, á Association Internationale des Critiques Littéraires (Paris), ao Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, ao Instituto Histórico e Geográfico do Pará, á Academia das Ciências de Lisboa.
Foi colaborador permanente da revista Manchete e do Jornal do Brasil.
Distinguido com os prêmios literários de Teatro, Romance e Ensaio da ABL; de Intelectual do Ano, da UBE; Fernando Chinaglia, da UBE/RJ e Luiza Cláudio de Souza, do Pen Clube do Brasil, por Os degraus do paraíso; de Romance, da Fundação Cultural de Brasília, por Cais da sagração.
A obra romanesca de Josué Montello até “Perto da meia-noite” foi reunida em “Romances e novelas”, 3v. Rio de Janeiro, Nova Aguilar/INL, 1986. 3.767p.
- “História dos homens de nossa História”, história (co-autoria), 1936.
- “O sentido educativo da arte dramática”, 1937.
- “Janelas fechadas”, 1941 (2ª ed. totalmente refundida, 1982).
- “Gonçalves Dias”, ensaio, 1942.
- “História da Independência do Brasil”, história (introd. e dir. geral), 1942.
- “Precisa-se de um anjo”, teatro, 1943.
- “Curso de organização e administração de bibliotecas”, 1943.
- “Histórias da vida literária”, ensaio, 1944.
- “O tesouro de Dom José”, literatura infantil, 1944.
- “As aventuras do Calunga”, literatura infantil, 1945.
- “0 bicho do circo”, literatura infantil, 1945.
- “A viagem fantástica”, literatura infantil, 1946.
- “Escola da saudade”, teatro, 1946.
- “Os holandeses no Maranhão”, história, 1946.
- “Reforma do ensino normal no Maranhão”, 1946.
- “Problemas da Biblioteca Nacional”, 1948.
- “A luz da estrela morta”, romance, 1948.
- “A cabeça de ouro”, literatura infantil, 1949.
- “O Hamlet de Antônio Nobre”, ensaio, 1949.
- “Theremin”, história, 1949.
- “Cervantes e o moinho de vento”, ensaio, 1950.
- “0 labirinto de espelhos”, romance, 1952.
- “Fontes tradicionais de Antonio Nobre”, ensaio, 1953.
- “Ricardo Palma, clássico da América”, ensaio, 1954.
- “O verdugo”, teatro, 1954.
- “O fio da meada”, novela, 1955.
- “Artur Azevedo e a arte do conto”, ensaio, 1956.
- “Estampas literárias”, ensaio, 1956.
- “A décima noite”, romance, 1959.
- “O anel que tu me deste”, teatro, 1959.
- “Através do olho mágico”, teatro, 1959.
- “A miragem”, teatro, 1959.
- “Caminho da fonte”, ensaio, 1959.
- “A oratória atual do Brasil”, ensaio, 1959.
- “Alegoria das três capitais”, teatro, 1960 (parceria com Chianca de Garcia).
- “A baronesa”, teatro, 1960.
- “O Presidente Machado de Assis”, ensaio, 1961.
- “Pequeno anedotário da Academia Brasileira”, história literária, 1963.
- “Aluísio Azevedo”, antologia, 1963.
- “Os degraus do paraíso”, romance, 1965.
- “Os feriados nacionais”, 1965.
- “Duas vezes perdida”, novela, 1966.
- “Numa véspera de Natal”, novela, 1967.
- “O conto brasileiro: de Machado de Assis Monteiro Lobato”, ensaio, 1967.
- “Na casa dos 40”, história literária, 1967.
- “Uma tarde, outra tarde”, novela, 1968.
- “Santos de casa”, ensaio, 1968.
- “Uma palavra depois da outra”, ensaio, 1969.
- “Un maitre oublié de Sthendal”, ensaio, 1970.
- “Cais da sagração”, romance, 1971 (trad. para o inglês, com o título de Coronation Quay, 1975; para o espanhol, Muelle de Ia consagración, 1979, e para o francês, Les tribulations de Maitre Severino, 1981).
- “Estante giratória”, ensaio, 1971.
- “A indesejada aposentadoria”, novela, 1972.
- “Pedro I e a Independência do Brasil à luz da correspondência epistolar”, história, 1972.
- “Machado de Assis”, antologia, 1972.
- “Os bonecos indultados”, crônica, 1973.
- “Gonçalves Dias”; antologia, 1973.
- “José de Alencar”, antologia, 1973.
- “Anedotário gera/ da Academia Brasileira”, história literária, 1973.
- “Os tambores de São Luís”, romance, 1975.
- “Aluísio Azevedo e a polêmica d’O mulato”, história literária, 1975.
- “Glorinha”, novela, 1977.
- “Ruy, o parlamentar”, ensaio (co-autoria). 1977.
- “A noite sobre Alcântara”, romance, 1978.
- “Um rosto de menina e outras novelas reais”, novela, 1978.
- “A polêmica de Tobias Barreto com os padres do Maranhão”, história literária, 1978.
- “A coroa de areia”, romance, 1979.
- “As três carruagens”, literatura infantil, 1979.
- “O silêncio da confissão”, romance, 1980.
- “Fofão, Antena e o Vira-Lata inteligente”, literatura infantil, 1980.
- “Literatura para professores do 1o grau”, ensaio, 1980.
- “Largo do Desterro”, romance, 1981.
- “Aleluia”, romance, 1982.
- “Pedra viva”, romance, 1983.
- “Viagem ao mundo do Dom Quixote”, 1983.
- “Diário da manhã”, memória, 1984.
- “Discurso de recepção de José Guilherme Merquior na Academia Brasileira de Letras”, 1983.
- “Uma varanda sobre o silêncio”, romance, 1984.
- “Os caminhos”, 1984.
- “Diário da manhã”, 1984.
- “Lanterna vermelha”, 1985.
- “Perto da meia-noite”, 1985.
- “Romances e novelas”, 3 vols., 1986.
- “Antes que os pássaros acordem”, romance, 1987.
- “Diário da tarde”, 1988.
- “A última convidada”, 1989.
- “Um beiral para os bem-te-vis”, 1989.
- “Alcântara”, com Barnabás Bossahart e Hugo Loetscher, 1989.
- “O camarote vazio”, 1990.
- “Diário do entardecer”, 1991.
- “O baile da despedida”, 1992.
- “A viagem sem regresso”, 1993.
- “Janela de mirante”, 1993.
- “O Modernismo na Academia, testemunhos e documentos”, 1994.
- “O carrasco que era santo”, 1994.
- “Diário da noite iluminada”, 1994.
- “Uma sombra na parede”, 1995.
- “Um apartamento no céu”, 1995.
- “O tempo devolvido, cenas e figuras da História do Brasil”, 1996.
- “Fachada de azulejo”, 1996.
- “Condição literária”, 1996.
- “Romances escolhidos”, 1996.
- “Enquanto o tempo não passa”, 1996.
- “A formiguinha que aprendeu a dançar”, 1997.
- “Memórias Póstumas de Machado de Assis”, 1997.
- “Baú da juventude”, 1997.
- “Primeiras notícias da Academia Brasileira de Letras”, 1997.
- “A Academia Brasileira entre o Silogeu e o Petit Trianon”, 1997.
- “Os inimigos de Machado de Assis”, 1998.
- “O Juscelino Kubitschek de minhas recordações”, 1999.
- “Sempre serás lembrada”, 2000.