Joaquim de Sousa Andrade nasceu em Guimarães, a 9 de julho de 1833 e faleceu cm São Luís, a 21 de abril de 1902. Ao contrário de seus contemporâneos, não foi a Coimbra ou a Olinda buscar seu título universitário: conquistou-o em Paris, de onde tornou engenheiro de minas e bacharel em letras pela Sorbonne. E talvez por isso, se não mesmo pela originalidade extravagante de sua personalidade, escapou à formação coimbrã que caracteriza o Grupo que integrou no tempo; foi um poeta diferente, tão estranho e revolucionário em sua arte que muitos o apontam o mais remoto precursor do “modernismo” atual. Viajou pelo Amazonas, atravessou os Andes e visitou a Norte América: dessa peregrinação deixou-nos seu discutido poema “O Guesa Errante”. Foi poeta e filósofo, inclusive na acepção popular que se dá a este último vocábulo; e assim morrería, já quase septuagenário e na miséria. E’ o autor do desenho da bandeira maranhense, em cujas cores branca, vermelha e preta, quis significar a fusão étnica da raça brasileira; e foi por Clodoaldo Freitas, escolhido para patrono da Cadeira nº 18 da Academia Maranhense de Letras.

1. “Harpas Selvagens” – Rio de Janeiro, 1857.
2. “O Guesa Errante” – Londres, 1866.
3. “Impressos”, poesias em 2 volumes – São Luís, 1868.
4. “Eólias” – São Luís, 1868.
5. “Obras Poéticas”, 1º tomo – Nova Iorque, 1874.
6. “Novo Éden” – S. Luís, 1888.
   Foi um dos colaboradores do romance “A Casca da Caneleira.”